Então gente já foi falado aqui, várias vezes aliás, sobre as lipoproteínas né?! Nós falamos sobre as mais conhecidas HDL e LDL, só que não explicamos ainda o processo completo do transporte do colesterol no organismo, então vamos entender como isso acontece. E vamos conhecer as lipoproteínas que ainda não foram bem citadas: a VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade), IDL (lipoproteína de densidade intermediária, também são chamadas de partículas remanescentes) e os quilomícrons.
Tudo começa com os lipídios ingeridos na nossa dieta, que se associam à quilomícrons, que são lipoproteínas produzidas pelo intestino delgado. Esses quilomícrons, quando enriquecidos com os lipídios, entram na nossa corrente sanguínea e são hidrolisados pela lípase lipoproteíca, ao entrar em contato com os tecidos extra-hepáticos. Fornecendo ácidos graxos e glicerol aos tecidos extra-hepáticos que reconhecem a apoC-2, que é uma das principais apoproteínas dos quilomícrons. Continuam presentes nos quilomícrons, que agora são chamados de remanescentes de quilomícrons, as moléculas de colesterol. E essas moléculas irão entrar no fígado, onde se associam com o colesterol e triglicerídeos que são produzidos no próprio fígado. Dessa associação surgirá a VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade) que também terá seus triglicerídeos hidrolisados pela lípase lipoproteica, quando entrar em contato com os tecidos extra-hepáticos (lembrem do que acontece com os quilomícrons). O colesterol permanecerá na lipoproteína, que agora vai ser denominada IDL (lipoproteína de densidade intermediária). Essa IDL pode ser captada pelo fígado, ou então originar a LDL, depois de um outro processo de perda de triglicerídeos para os tecidos periféricos. Essa conversão à LDL é feita através da recepção da apoC-2 e apo-E da HDL plasmática. A LDL, como já foi falado nesse blog, é o principal meio de transporte do colesterol para o nosso organismo.
NOSSA !! É muita coisa né, e ainda falta o transporte reverso, mas vamos ver um esqueminha dessa primeira parte, para melhorar o entendimento:
Agora vamos conhecer o transporte reverso, que tem como lipoproteína responsável a HDL.
Quem retira o excesso de colesterol dos tecidos extra-hepáticos e leva de volta para o fígado é a HDL, que são produzidas principalmente no fígado (também são produzidas no intestino delgado) como partículas discóides, as HDL nascentes, com uma concentração consideravelmente alta de proteínas, e baixa de colesterol. Depois delas se ligarem aos tecidos extra-hepáticos, e adquirirem o colesterol em excesso desses tecidos, elas se convertem em partículas esféricas, as HDL maduras. E elas têm duas opções: ou são levadas para o fígado, e deixam lá o colesterol que foi armazenado para serem excretados na forma de sais biliares, ou elas passam esse colesterol para outras lipoproteínas (VLDL e LDL). As outras partículas quando com alto valor de colesterol, VLDL e LDL, também são levadas para o fígado para a excreção do colesterol.
Esse é um processo mais simples, mas mesmo assim vamos ver esse esquema mais simplificado:
MARZZOCO,Anita.TORRES, Bayardo.Bioquímica Básica.3 ed, Rio de Janeiro, 2010.
Postado por Ingridy Luana
2 comentários:
Qual seria o motivo de retornar o IDL para o fígado?
Boa explicação.
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