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Produzido por estudantes de nutrição da Universidade de Brasília, esse blog viabilizará informações diversificadas a respeito de uma molécula que saiu dos livros de Química e acabou caindo na boca do povo: O Colesterol.

Watch N' Ask

Pergunta do grupo de Hipertensão:

Como a concentração plasmática de colesterol afeta a produção de hormônios esteróides? Existe efeito masculinizante/feminilizante? Como as gônadas e adrenais são afetados?


Como sabem, o colesterol é usado para a síntese de moléculas tais como os hormônios esteróides:











     Um estudo feito na argentina concluiu que quanto mais gordura você come, mais testosterona o corpo produz. Em outras palavras, quanto mais gordo, mais testosterona. A testosterona é um hormônio esteróide sintetizado a partir do colesterol, portanto, para sua existência é necessário colesterol.
     Os pesquisadores usaram vários tipos de óleo para uma dieta em ratos, sendo eles: óleo de soja (S), azeite de oliva (O), óleo de coco ou óleo de semente de uva (G).  Após 60 dias, com essa dieta de óleos, os pesquisadores mediram a quantidade de testosterona que os ratos estavam produzindo, segue a tabela:
O óleo de coco e azeite de oliva se apresentaram os melhores impulsionadores da testosterona.  
     Apesar dos pesquisadores relatarem que o azeite de oliva e óleo de coco aumentam a atividade da 3beta-HSD e enzimas 17beta-HSD que  estão envolvidas na produção de testosterona e no aumento da concentração de antioxidantes do próprio corpo, nas células de Leydig, que produzem testosterona. Eles também encontraram uma relação entre a dieta, a quantidade de colesterol livre das células de Leydig e o nível de testosterona.


 


     Essas células de Leydig produzem testosterona a partir do colesterol. Então, uma dieta que é rica em óleo de coco ou azeite, aparentemente, ajuda as células a absorver mais colesterol. As células também são mais capazes de extrair o colesterol a partir do seu éster. O colesterol mais livre está disponível nas células de Leydig, e há menos colesterol éster na célula, assim será maior a taxa de produção de testosterona.
Portanto, podemos dizer, através desse estudo que, a concentração plasmática de colesterol afeta na produção de hormônios esteróides.





As glândulas supra-renais situam-se nos pólos superiores de ambos os rins e pesam, cada uma cerca de 4 g. Cada glândula dessa é constituída por duas partes distintas, a medula supra-renal e o córtex supra-renal.
Todos os hormônios córtico supra-renais são compostos esteróides e portanto são formados principalmente a partir do colesterol absorvido diretamente do sangue circulante por endocitose através da membrana celular. Essa membrana possui receptores específicos para as lipoproteínas de baixa densidade, que foram citadas no seminário e contém concentrações muito elevadas de colesterol, assim permite a fixação dessa lipoproteínas às membranas e promove o processo de endocitose.
     É importante que saibam, também, que existe a síntese de pequenas quantidades de colesterol nas células corticais a partir da acetilcoenzima A que podem ser usados para a formação de hormônios córtico supra-renais.



      Os dois tipos de hormônios córtico supra-renais, os mineralocorticóides e os glicocorticóides, são secretados pelo córtex supra-renal. Além desses, ocorre secreção de pequenas quantidade de hormônios sexuais (androgênicos), que exercem relativamente os mesmos efeitos no organismo que o hormônio citado no estudo: A testosterona. Em condições normais esses hormônios androgênios são de pouca importância: porém em certas anormalidades do córtex supra-renal, podem ser secretados em quantidades extremas, podendo resultar em efeitos masculinizante. Então, o efeito masculinizante não se deve ao fato da concentração plasmática de colesterol e sim de anormalidades nos mecanismos dessas glândulas.


Fontes: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 ( é, deu um pouquinho de trabalho rs)
   
                                                                     Postado por Richard Cippollini

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