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Produzido por estudantes de nutrição da Universidade de Brasília, esse blog viabilizará informações diversificadas a respeito de uma molécula que saiu dos livros de Química e acabou caindo na boca do povo: O Colesterol.

Eicosanóides

             Os eicosanóides são pequenos hormônios parácrinos mediadores inflamatórios presentes em cada uma das nossas milhões de células e que são originados dos ácidos graxos presentes na membrana celular. São moléculas derivadas de ácidos graxos com 20 carbonos das famílias ômega 3 e ômega 6. A síntese de eicosanóides se inicia a partir dos ácidos linoléico e do α-linolênico sofrendo ação de enzimas dessaturases e alongases, dando origem ao ácidos eicosapentaenóico e docosa-hexaenóico, especialmente, ao ácido araquidónico, o precursor dos eicosanóides.




Como observado na imagem, ao final da série surge 3 classes de eicosanóides: as prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos. Algumas funções básicas de cada um:


Prostaglandinas: Uma das suas funções é a de regular a síntese da molécula mensageira intracelular nos (cAMP) nos tecidos. Tem uma função específica nas mulheres durante o parto e a menstruação, a contração do músculo liso do útero. São agentes inflamatórios, entre outros...



Tromboxanos: São sintetizados nas plaquetas e tem a função na formação de coágulos sanguíneos e na redução do fluxo de sangue no local do coágulo.


Leucotrienos: Tem papel importante na contração do músculo das vias aéreas do pulmão.


         Os eicosanoides ômega 6 são geralmente pró inflamatórios e os do ômega 3 tendem à anti-inflamatórios. Também estão presentes no mecanismo de defesa do sistema imune, apesar da série do ômega 3 ter um peso maior nessa função, enquanto o da série ômega 6 terem maior importância no processo inflamatório e formação de coágulos.



         Como as duas séries necessitam das mesmas enzimas para serem sintetizados, existe uma certa competição de ambos por ela, no entanto essa competição geralmente só acontece quando há um desbalanceamento na ingestão de ômega 3 e 6. Atualmente, esse desbalanceamento existe devido a alta quantidade de ácido linoléico presente na dieta industrializada. A ingestão de cada ácido graxo essencial recomendada deveria permear a proporção de 1 porção de ômega 3 para 4 de ômega 6(1:4), no entanto, está além do dobro de porções no caso do ômega 6, numa proporção de 1:8~20. Isso representa um maleficio a saúde pois com mediadores bioquímicos pró-inflamatórios em alta, doenças com processo inflamatórios crônicos como doenças auto-imunes, alergias, doenças reumáticas, doenças cardiovasculares e acne se agravam.



         Estão sendo feitos estudos quanto ao excesso de ingestão de ácido linoléico e as causas do Mal de Alzheimer, mais detalhes na próxima postagem!!





Fonte: 1 2


NELSON, D. L.; COX, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 3ed. São Paulo: Sarvier, 2002.


Tirapegui,J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. São Paulo, 2ed.Atheneu, 2006.








postado por Jean Paiva

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1 comentários:

Hoggel disse...

Excelente informações e de enorme qualidade, parabéns.

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